No corrente ano, surge a notícia onde é revelado que 553 milhões de dados pessoais, entre eles números de telemóvel, tinham sido extraídos da Rede Social Facebook e encontravam-se disponíveis na internet.
Surgia então mais um novo dado, no já complexo universo que envolve as redes sociais.
De sublinhar, que esta pilhagem fez com que as ações em bolsa do Facebook ao invés de descer, subissem, algo que não constitui de todo um pormenor indelével. Paralelamente ao furto, poderiam estar a ser infringidas normas da Lei da Proteção de Dados Pessoais (LGPDP) Lei nº 13.709/2018 LEI na União Europeia e a California Consumer Privacy Act of 2018 (CCPA) nos Estados Unidos da América, por parte da rede social.
Do lado dos usuários, uma irresistibilidade em publicar dados pessoais e a partilhar informações que a espaço aberto podem ser delicadas e tornarem-se problemáticas. Basta ver, a título de exemplo, os avisos das Forças de Segurança, para que em período de férias não se exponha que se vai estar ausente da habitação, informação deixada à merce de quem quer que seja, no caso de perfis onde todas as publicações são públicas, logo acessíveis a qualquer pessoa que tenha conta nesta ou noutra rede social.
Assim, podemos observar um poliedro cujos lados não tendem a ser favoráveis em questões de segurança, exposição e ações com enquadramento criminal. Numa questão de proteção de dados que deveria ser tratada com cuidado e o máximo rigor.
Face à porosidade patente demonstrada na notícia do início do ano cabe à Comissão de Proteção de Dados da Irlanda responsável por fiscalizar o Facebook na União Europeia, de continuar a trabalhar no sentido de que existem linhas a serem preservadas em benefício dos que frequentam a rede social Facebook.
E, cabe aos usuários, um uso consciente e responsável das redes sociais e do que nesse espaço é partilhado. Não podendo esperar que a plataforma tenha um comportamento exemplar em assuntos que são também e sobretudo muito do nosso respeito.